sábado, 18 de agosto de 2012

SER GAY... SER LIVRE!!!




Os homossexuais podem se tornar invisíveis. É só saberem dissimular ou mentir. Quando a primeira Parada Gay de Juiz de Fora surgiu, um de seus objetivos era, justamente, dar visibilidade à parcela da comunidade GAY que queria afirmar sua existência e entabular um diálogo com a sociedade.
Os manifestantes queriam mostrar quem eram e o que faziam. Reclamavam participação no processo jurídico-social e pediam proteção contra o preconceito e a discriminação. Eram  várias pessoas nesta luta.
Desde sua primeira edição, no entanto, o aspecto político do evento foi cedendo espaço ao carnavalesco. A Parada Gay de Juiz de Fora transformou-se em uma grande festa. Atrai pessoas de todos os lugares.
Movimenta grande lucro na cidade. A expectativa é de que traga cada vez mais turistas à cidade.
Explica-se o fenômeno da carnavalização da Parada com o argumento de que os gays são "divertidos". A utilização desse estereótipo, contudo, contribui para mascarar a irresponsabilidade cívica e a alienação política de parte da comunidade GAY.
Carnavalizar é fácil e agradável, mas é contraproducente.
O estilo exagerado que alguns participantes preferem adotar é legítimo e respeitável. Mas presta um desserviço para o avanço dos direitos à igualdade. O caráter festivo e a irreverência tiveram valor simbólico em um tempo em que a rejeição social contra a homossexualidade era incontornável. Acontece que as coisas mudaram.
Todas estas pessoas que comparecerão ao evento na avenida Rio Branco, deveriam ter presente a responsabilidade cívica de conquistar corações e mentes para a sua causa. O aspecto político da Parada exige certa sobriedade, ao menos em respeito às vítimas cotidianas da homofobia, no Brasil e no mundo. Hoje, o peso do discurso político tem de ser maior que a vontade de dançar.
A aceitação da homossexualidade pela opinião pública está vinculada à convivência com pessoas abertamente gays. Mostrar-se é importante. Nessa batalha, é mais estratégico exibir a semelhança. É mais difícil para o mundo identificar-se com o ultrajante.
Não se trata de exibir a orientação sexual, mas de garantir o direito pleno à liberdade de exercê-la. Associar o conceito da homossexualidade à transgressão e ao excesso pode ter valor estético, mas tem efeito negativo sobre o ritmo do processo político.
O papel da Parada é mostrar que os homossexuais são serem humanos comuns, que têm direito a proteção e respeito, como qualquer outro cidadão.
Ninguém precisa ser diferente para ser gay. Não é necessário transformar-se na caricatura de si mesmo.
Por isso, JUIZ DE FORA quer você nesta luta, vamos as Ruas lutar e gritar por nossos direitos... somos merecedores de todos eles.
Viva la vita!!! viva o GAY viva você!!!

QUE TODOS TENHAM UMA LINDA PARADA E LUTA AI... BEIJOS

LAURO PRADOS

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